sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Depois do ouro olímpico, basquete dos EUA já tem novos fenômenos mirins




Menina de 12 anos e garoto de 8 fazem bonito com a bola laranja, mas levantam debate sobre o marketing exagerado feito pelos pais corujas


Após sair de Pequim com medalhas de ouro no masculino e no feminino, o basquete americano não pode reclamar da falta de ídolos. Ainda assim, o país continua buscando jovens fenômenos da modalidade. Recentemente, os Estados Unidos voltaram seus olhos para duas crianças que prometem um futuro brilhante nas quadras. Em meio a pais corujas e campanhas de marketing, os pequenos craques ganharam os holofotes. A primeira a aparecer foi Jaime Nared, uma menina de 12 anos que sonha em jogar com os marmanjos da NBA. Em Portland, ela passou a dividir a quadra com os garotos, porque os confrontos no feminino não davam nem para a saída. O fato causou ciúme em alguns pais, que não gostaram de ver seus filhos derrotados por uma moça. A pressão foi tamanha que Nared acabou proibida de jogar com meninos. Foi a programas de TV e, ao lado do pai, disse não entender o veto. Além de fazer bonito com a bola laranja, a garota é uma estudiosa do basquete. Obcecada por táticas, presta atenção às pranchetas dos técnicos e não esconde a vontade de quebrar um tabu: quer ser a primeira mulher a assumir o cargo de treinadora na liga profissional masculina. Clique e veja a pequena Jaime Nared em ação!


Nesta semana, Jaime ganhou um companheiro na galeria dos fenômenos mirins. O pequeno Marquise Walker, de apenas 8 anos, mostra uma habilidade fora do comum com a bola e até ensaia algumas declarações de gente grande. Em vídeos espalhados na internet, ele aparece ao lado de astros como LeBron James. O problema é que, neste caso, tudo foi motivado por um polêmico plano de marketing. O pai de Marquise consultou um professor de basquete e, juntos, eles bolaram uma estratégia: espalharam os vídeos, com a intenção declarada de dar fama ao garoto. Deu certo. Ele chegou a ser convidado para mostrar sua habilidade no intervalo de um jogo do Memphis Grizzlies. Ao que parece, só faltaram os conselhos. Perguntado por um repórter do site "ESPN.com" sobre o motivo de querer jogar na NBA, Marquise foi direto:



- Eu só quero entrar num time e ganhar dinheiro. É isso que importa.


Clique e confira o vídeo: Marquise Walker é bom ou não é? O Brasil também tem seu candidato a fenômeno mirim. Nos Jogos Pan-Americanos, em 2007, Felipe Macedo, de Fortaleza, chamava a atenção pelo controle de bola na Arena Olímpica, no Rio. Ele tinha apenas 3 anos. O pai, Romelito, estava orgulhoso. - Na primeira vez em que ele teve contato com uma bola de basquete, com um ano e dois meses, conseguiu quicá-la cinco vezes seguidas – afirmou durante a competição

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